População mundial chegará a 7 bi em 2011; África tem 1 bilhão
A projeção de crescimento populacional nos países em desenvolvimento presume que a fertilidade caia
12 de agosto de 2009 | 16h 12
A população mundial está a caminho de chegar a 7 bilhões em 2011, apenas 12 anos depois de atingir 6 bilhões, informa boletim divulgado nesta quarta-feira, 12, pela organização americana Population Reference Bureau (PRB), que produz relatórios sobre a população mundial desde os anos 40.
Segundo o boletim da PRB, virtualmente todo o crescimento ocorre nos países em desenvolvimento. Segundo o presidente do PRB, Bill Butz, esta será a segunda vez em que a população humana cresce em 1 bilhão em apenas 12 anos - a ocorrência anterior foi a do salto de 5 para 6 bilhões. "Ambos os eventos são sem precedentes", diz ele, em nota.
A projeção de crescimento populacional nos países em desenvolvimento presume que a fertilidade nessas nações cairá ao mesmo nível da dos países ricos, por volta de duas crianças por mulher. Atualmente, a maior taxa de fertilidade é a do Níger, na África, com 7,4 crianças por mulher. A menor é a de Taiwan, 1,0 criança por mulher.
Ainda de acordo com o PRB, embora Uganda e Canadá tenham praticamente a mesma população hoje, estima-se que até 2050 haverá dois ugandenses para cada canadense. A taxa de fertilidade em Uganda é de 6,7 crianças por mulher, cinco a mais que a canadense.
O boletim informa ainda que a população da áfrica já superou 1 bilhão de pessoas; que cerca de metade da humanidade vive na pobreza, definida como uma renda de menos de US$ 2 (R$ 3,70) ao dia. Além disso, revela que a taxa de fertilidade das adolescentes nos Estados Unidos é o dobro dos demais países ricos.
Segundo as projeções do PRB, o Brasil hoje é o quinto país mais populoso do mundo, com 191 milhões de habitantes, e em 2050 será o oitavo, com 215 milhões. Até lá, a população brasileira terá sido superada pelas de Bangladesh, Nigéria e Paquistão. Hoje, são mais populosos que o Brasil - e continuarão a ser em 2050 - China, Índia, Estados Unidos e Indonésia.
1 – Crescimento Vegetativo
O rápido crescimento da população mundial trouxe preocupações quanto ao futuro da humanidade e dos recursos naturais da Terra. (ver http://www.novomilenio.inf.br/porto/mapas/nmpop.htm) .
Esta preocupação torna-se ainda maior já que são os países subdesenvolvidos os que apresentam maior taxa de crescimento vegetativo, ou seja, a população no futuro além de maior será mais pobre se não forem tomadas diversas medidas como:
- redução da desigualdade social;
- uso racional da água;
- evitar o desperdício de alimentos;
- fazer a reciclagem de materiais.
O gráfico da transição demográfica apresenta 4 fases distintas.
- 1ª fase
- Elevada taxa de natalidade
* influência da Igreja;
* necessidade de mão de obra para trabalhar no campo;
* casamentos precoces;
* falta de informação;
* quase inexistência de métodos contraceptivos
- Elevada taxa de mortalidade
* más condições sanitárias;
* períodos de fome;
* doenças e epidemias;
* guerras.
- Baixo crescimento vegetativo
- O Brasil estava nesta primeira fase até o início do século XX
- Países da África Sub-saariana apresentam-se nesta fase em função do aparecimento da AIDS
- 2ª fase
- Redução da mortalidade
* Urbanização – infra-estrutura, rede de água e esgoto;
* Campanhas de vacinação;
* Avanço tecnológico na Medicina;
* Melhoria da qualidade de vida nos países ricos;
* Desenvolvimento da indústria farmacêutica e química – venda de remédios e inseticidas nos países subdesenvolvidos;
* Revolução Agrícola e Revolução Verde – aumento da produção de alimentos.
- Manutenção da natalidade elevada
- Elevada taxa de crescimento vegetativo – por volta de 3% ao ano
- Os países hoje desenvolvidos atingiram esta fase a partir da Revolução Industrial
- O Brasil iniciou sua transição demográfica após a 2ª Guerra Mundial
- Grande parte dos países subdesenvolvidos permanece nesta fase especialmente os países islâmicos e a Índia.
- 3ª fase
- Redução da natalidade
* Evolução dos métodos contraceptivos – advento da pílula anticoncepcional;
* Maior acesso à informação;
* Custo elevado de criação dos filhos;
* Rede de saúde e escolar;
* Emancipação da mulher
- Queda do crescimento vegetativo
- O Brasil apresenta-se nesta fase assim como os demais países semi-periféricos e a China
- 4ª fase
- Estabilização do crescimento vegetativo ou crescimento negativo;
- Redução drástica do número de filhos;
- Ligeiro crescimento da taxa de mortalidade;
- Países desenvolvidos especialmente da Europa Ocidental.
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